segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A fila do R.U.

Atos de corrupção sempre vêm à tona nos noticiários,impressos e outros meios de comunicação. Desde sempre, no Brasil e em nosso estado, ouvimos falar de um político envolvido em atos ilícitos para favorecimento próprio.
Quando se fala em corrupção, vem à nossa cabeça, de imediato, a classe política. No entanto, isso não é algo inerente aos políticos. Seria mesmo injusto atribuir essa (má) qualidade somente a eles.
No dia-a-dia nos deparamos com diversas situações: No ônibus ou no metrô, quando ocupamos os assentos preferenciais, mesmo vendo idosos e outros viajando em pé; quando recebemos dinheiro a mais e não devolvemos; quando chegamos atrasados no trabalho e colocamos na folha de ponto o horário o qual deveria chegar. São atos tão corriqueiros no nosso dia-a-dia que nem nos surpreendemos mais. Isso não deveria acontecer.
O pior: quando trocamos nosso voto por favores, materiais de construção e outros, somos piores que os próprios políticos que compraram o voto.
Dia desses estava na fila do restaurante universítário (R. U.). Fui para o final da fila, como deve ser. De repente chega um grupo de, pelo menos, oito moças. Simplesmente elas se "plantaram" à frente de outras duas moças que estavam à minha frente, provavelmente eram amigas. Ficaram na maior cara-de-pau até receberem seus tickets. Comentei (bem alto, com outra moça que estava atrás de mim): Vai começar a "furação" de fila! A intenção era que elas ouvissem em alto e bom som mesmo.
Não demorou muito para que dois ou três rapazes chegassem junto à moça com a qual falei e fizessem o mesmo. Olhando um pouco mais para trás, vi que outras pessoas faziam o mesmo. percebi que não adiantava reclamar, pois estava meio que sozinho nessa.
Fiquei pensando: "esses jovens são nossos futuros profissionais. Quem sabe nossos futuros representantes na esfera política. Que espécie de profissionais serão? Estamos bem servidos..."
Por essas atitudes que temos uma região tão rica com um povo tão pobre. Formam-se profissionais que não estão nem aí para o desenvolvimento social e ambiental do lugar onde vivem. O que tem a ver a fila do R. U. com um blog que trata de meio ambiente, sociedade e responsabilidade social? Tudo a ver. Como podemos confiar em profissionais que sequer respeitam regras básicas de convivência? Devem pensar: é só a fila do R.U. mas significa muito no que tange à ética.
Precisamos de profissionais que estejam engajados com o desenvolvimento socioambiental da região. Que estejam comprometidos em contribuir, de forma ética, para o crescimento e desenvolvimento da Amazônia, de forma sustentável e sem precisar usar de meios ilícitos para que isso aconteça.
Certa vez um amigo meu disse que a gente conhece um pouco das pessoas na fila do R.U. Acho que ele tem um pouco de razão. Devemos ficar de olho em nossos atos no dia-a-dia. "Não há travesseiro mais macio do que uma consciência tranquila (Voltaire)"

Tenham todos um boa dia!

Maykon Serrão.
Yud amazônia.

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